O exercício aeróbico é uma ferramenta importante que todo fisiologista e médico do esporte deve conhecer bem e saber aplicar em seus alunos e pacientes.
A prática regular desse tipo de exercício deve ser adequadamente incluída na rotina de exercícios. Destaco que a regularidade requer no mínimo 3x/semana, por mínimo de 12 semanas praticante o exercício, na intensidade (dose) correta e individualizada.
Os efeitos fisiológicos da prática regular são:
.Melhora sua capacidade cardiorrespiratória.
.Aumenta o número e o volume de mitocôndrias.
.Aumenta a quantidade de enzimas do metabolismo aeróbico.
.Aumenta a rede circulatória dos músculos.
.Melhora a sensibilidade à insulina e captação de glicose pelos músculos.
.Aumenta a produção de hormônios que estimulam a lipólise e inibem a adipogênese (formação de novas células de gordura).
.Promove a transformação de tecido adiposo branco em marrom.
.Aumenta a expectativa de vida (longevidade).
Para quem quer melhorar a composição corporal, aumentar o uso de gordura como substrato energético tanto no repouso quanto no esforço, incluir aeróbico na sua rotina é fundamental!
Quando falamos de qualquer tipo de exercício, é importante definir algumas variáveis para que o praticante tenha os reais benefícios da sua prática, em vez de ficar perdendo tempo à toa, fazendo algo que lhe trará nenhum ou quase nenhum benefício. Por isso, ao orientar o exercício aeróbico regular, devemos sempre definir os seguintes parâmetros:
.Frequência semanal.
.Duração.
.Tipo (esteira, bicicleta, natação etc.)
.Intensidade.
No aeróbico, a intensidade do exercício é avaliada pela frequência cardíaca (FC). Mas, para sabermos exatamente qual a faixa de FC ideal para cada pessoa, precisamos lançar mão de um exame denominado ergoespirometria. De longe, esse é o padrã0-ouro para determinarmos qual a intensidade de aeróbico adequada para cada indivíduo, sem necessitar fazer estimativas pouco acuradas e usar fórmulas imprecisas. Com os dados da ergoespirometria, conseguimos delimitar os limiares ventilatórios 1 e 2 e o VO2 pico, ou máximo. Ao fazer um paralelo dessas variáveis com a FC, conseguimos, então, definir quais as faixas de FC que a pessoa deve manter durante o seu exercício. A essas faixas de FC damos o nome de zonas de treinamento.